“Da vulnerabilidade do viajante”, Observador
Chego a Heylor, localidade final de uma pequena estrada com largura apenas para um carro. A única casa que avisto não é certamente a indicação que me deram 5 milhas atrás, para a bomba de gasolina mais próxima, quando estava já praticamente com o depósito vazio. Apenas avisto um cão. Receio ser mordido e anuncio-me a quem possa estar em casa antes de entrar. Ninguém responde. Avanço, insisto no cumprimento sem passar o portão enferrujado. Vejo máquinas agrícolas com aspeto de terem deixado de funcionar há décadas. O cão vem ter comigo. Fico parado, sem olhar para ele, dando-lhe as costas da mão a cheirar. A lambidela que me dá deixa-me a mão brilhante. Sinto a saliva do cão arrefecer rapidamente.
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